Mitos sobre som automotivo: Caixas de som X Subwoofers

subwoofer automotivo
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Muitas Pessoas ouvem dizer de um amigo – que ouviu de um conhecido, que, por sua vez leu não se sabe onde – que o subwoofer perde rendimento quando montado em caixa selada, etc. Essas “estórias” (sic) para boi dormir acabam virando crendices difíceis de erradicar. E para ajudar a desmistificar um pouco a situação, colocamos abaixo a seleção dos mitos de som automotivo mais difundidos entre os profissionais:
Mito 1: Subwoofer de 15” é melhor que de 12”

Não é bem assim – tudo depende do tamanho do porta-malas no qual o subwoofer está instalado. O Subwoofer de 15” necessita de caixa bem maios que um de 12”. Portanto, se o seu carro for um “corsinha”, e tiver o porta malas pequeno, então um subwoofer de 12” (ou até mesmo menor) seria uma opção mais adequada. O importante num som automotivo não é o tamanho do sub, mas sim a correta litragem da caixa. Só use subwoofer grande se o porta-malas puder receber a caixa adequada ao sub.

Mito 2: Subwoofer de 1000 Watts é melhor que o de 500 Watts

Outro mito… Subwoofers possuem diversos parâmetros que nos dão indicações sobre seu desempenho, sendo que a potência suportada é apenas mais uma indicação que, isoladamente, não quer dizer muita coisa (a não ser que o subwoofer suporte a potência declarada). A diferença entre 1000 Watts e 500 Watts é de exatos 3dBs. E dentro do ambiente do automóvel, com música tocando, isso pode ser totalmente irrelevante. De nada adianta suportar muita potência se o subwoofer tiver um alto valor de Fs (o que indicaria uma certa dificuldade em reproduzir baixas frequências) ou Vas exagerado (o que apontaria para uma caixa muito grande para satisfazer as exigências do falante). Subwoofer construído com material de boa qualidade (que suporte 200 watts RMS), trabalhando numa caixa acústica bem projetada surpreende muita gente. Não esqueça que um subwoofer que suporta 1000 Watts precisa de um amplificador com potência adequada, que por sua vez precisa de bateria, e etc.

Mito 3: Quanto maior a eficiência em dB-SPL melhor, pois o sub tocará mais alto

Seria verdade se TODOS os fabricantes adotassem uma única norma de apresentação do db/W/m. O mais comum é a medição 1 watt. Assim, todos os falantes de 4 Ohms deveriam ser testados com 2 volts e os falantes de 8 Ohms com 2,83 volts. Só que há fabricantes que utilizam 2,83 volts para qualquer falante… Isso mostra valores 3dB mais altos para dB/w/m (sensibilidade) para toda a linha de 4 Ohms, em comparação com medições feitas a 1 watt. O ideal é observar o valor de No – (que é obtido através dos valores de Fs, Vas e Qes).

Mito 4: Subwoofer de bobina dupla é melhor que bobina simples

A quantidade de bobinas não indica maior qualidade do produto. Bobina dupla, quádrupla ou simples só existe para flexibilizar a instalação e garantir que o amplificador trabalhe dentro de suas especificações de impedância de saída.

Mito 5: Subwoofer com imã invertido (imã para fora da caixa) tem desempenho inferior em relação ao que está com o imã para dentro da caixa

Outro mito clássico. Não é melhor nem pior – tem o MESMO desempenho, pois um subwoofer é um dipolo acústico – ou seja, emite som em dois polos (frente e fundo). Mas, devido a detalhes de construção, alguns subs podem gerar ruídos no motor (conjunto imã + bobina). Para tais casos, é recomendável instalar o falante com o imã para dentro da caixa. Mas de qualquer maneira, o rendimento em dB-SPL será o mesmo.

Mito 6: Caixa com dois subwoofers tem que ter divisória no meio para isolar os compartimentos
Este mito está “impregnado” na cabeça de muita gente. Não precisa de divisória – na verdade, a divisória tem apenas duas funções:

1- Promover reforço estrutural para a caixa.

2- Evitar que o subwoofer “enxergue” uma caixa com o dobro do tamanho, caso o outro sub pare de funcionar (isso se os falantes estiverem em paralelo; porque, em série, os dois param de funcionar quando um deles queima). Fora essas funções, a divisória não serve para mais nada. Alguns “gurus” juram que, sem a divisória, um subwoofer pode modular o funcionamento do outro… Ora, mas isso acontece de qualquer maneira! Ou vai modular pela parte de trás da caixa ou pela parte da frente… Então, se a caixa for muito bem reforçada, não há necessidade de isolar o compartimento entre os dois subwoofers.

Mito 7: Caixas prontas podem funcionar com qualquer subwoofer

Este é o pior erro que se pode cometer. Todo subwoofer possui especificações técnicas (do manual de instruções que, geralmente, ninguém lê), as quais indicam que para cada modelo de subwoofer existem valores específicos de volume e medida de duto. Caixa bem projetada chega a render entre 50 e 500% a mais do que uma caixa genérica.

Mito 8: Caixa dutada é melhor que caixa selada

Não existe isso. Caixa dutada é tão boa quanto uma caixa selada. A caixa dutada só toca mais alto que a selada porque, desalinhando o sistema (mudando o comprimento ou diâmetro do duto), pode-se obter um ganho numa faixa estreita, ganhando-se dBs naquela região. Isso, porém, sacrifica a qualidade do grave produzido. Caixas seladas são tão boas quanto qualquer caixa dutada quando elas são projetadas para se ouvir música com qualidade.

Mito 9: Cabo de 21mm² é exagero para ligar o amplificador na bateria

A maioria dos amplificadores precisa de cabos dessa bitola. Economizar em cabos é jogar a potência do amplificador para o lixo.

Fontes:

1. http://www.revistaautomotivo.com.br/
2. http://www.mundomax.com.br/blog/automotivo/09-mitos-sobre-som-automotivo-caixas-acusticas-x-subwoofers/

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